terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Por que acha que diminuiu o número de jovens médicos que opta pela Homeopatia como especialidade?

Por que acha que diminuiu o número de jovens médicos que opta pela Homeopatia como especialidade? 

A medicina hoje está em crise de conceito. Há um ano, foi publicado no jornal do CREMESP um artigo em que um professor de medicina da USP pergunta a todos os calouros da faculdade, em seu primeiro dia de aula: por que decidiu cursar medicina? 

A maioria das respostas foi: por amor, para ajudar o próximo. 
Aí fi ca a pergunta: por que, depois de cursar os 6 anos de medicina, o aluno escolhe a especialidade que mais lhe dá retorno fi nanceiro, a que lhe propicia mais prestígio e menos contato com paciente, ao invés de fazer uma escolha motivada pelo amor? 

O que acontece durante os anos de faculdade para que o aluno entre por amor e saia fazendo escolhas por dinheiro? 

A verdade é que a faculdade de medicina esteriliza o aluno, que é massacrado durante 6 árduos anos por um ambiente que não aceita nenhum outro tipo de terapêutica que não seja a alopática, química, reducionista, mercantilista, materialista e dualista. 

O próprio aluno não sabe que sua prática se baseia necessariamente nessas premissas, pois em nenhum instante é questionado o dogma terapêutico dominante ou a epistemologia em que está inserido. 

Não se discute o conceito de cura e ao fi nal do curso o aluno acredita que a cura é o silêncio dos órgãos, crê apenas na mera paliação dos sintomas, fruto de uma medicina que serve à industria e não ao paciente. 

Com isso, uma especialidade que se baseia na cura pelo semelhante, que é vitalista, holística, centrada na pessoa, que busca a cura e não meramente a paliação imediatista dos sintomas, é buscada apenas pelos raros sobreviventes da escola médica que não se deixaram esterilizar pela doutrina Flexneriana imediatista e paliativista. 

O médico que escolhe se especializar em Homeopatia é aquele que mantém em si os motivos pelos quais ingressou na faculdade de medicina: o amor e a ajuda ao próximo. 

Por que escolheu ser homeopata? 
Eu escolhi fazer medicina para fazer Homeopatia. Meu pediatra Homeopata, grande Dr. Antônio Alfredo, por quem tenho grande carinho e admiração, me homeopatizou desde meus primeiros meses de vida. Minha mãe, dentista, vendo Dr. Alfredo me tirar de crises de asma com Arsenicum album e me curar de escarlatina com Belladonna, também se interessou e fez especialização em Homeopatia. 

Estudei na Escola de Medicina e Cirurgia da UNIRIO, fui aluno e monitor do prof. Francisco Freitas, que também foi meu orientador nos projetos de extensão e pesquisa universitária, no qual tratávamos ambulatorialmente os idosos com Homeopatia, através do Programa Renascer. 

Nós também medicávamos as criancinhas internadas na enfermaria de pediatria do HUGG – Hospital Universitário Gaffrée e Guinle - com medicamentos Homeopáticos. Foi daí que surgiu minha monografi a e, também, a certeza de que a Homeopatia é o meu caminho. 

Que outros cursos fazem parte de sua formação? Durante a graduação estudei clínica médica na universidade de Turin, na Itália, e Medicina de Família e Comunidade na Universidade de São Paulo. 
Ao terminar o curso de medicina, em 2013, ingressei direto na especializa- ção de Homeopatia na ALPHA/APH e terminei agora em março de 2015. 

O que significa para você estar à frente deste novo trabalho? Significa muita responsabilidade e grande chance de crescimento. 

Sinto que agora é a oportunidade que tenho para ajudar a Homeopatia a conquistar cada vez mais espaço, a melhorar a qualidade dos médicos recém- formados, a estimular o estudo e a aquisição de conhecimentos, chegar cada vez mais próximo do simillimum, curando cada paciente no mais profundo de seus sofrimentos, e da forma mais rápida, suave, duradoura e menos nociva, assim como nos ensinou Hahnemann.

FONTE: PUBLICAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE HOMEOPATIA JANEIRO/JULHO DE 2015 ANO 25 - Nº 110

4º CONGRESSO DA ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE HOMEOPATIA - 2016

COM MASSIMO MANGIALAVORI  -   HOMEOPATIA E COMPLEXIDADE.
DE 07 A 09 DE ABRIL DE 2016     -      WWW.APH.ORG.BR/CONGRESSO/


O médico italiano estará visitando o Brasil pela primeira vez para falar sobre sua metodologia, abordagem de sistemas, grupos de famílias e análise de casos. 
Ele é um dos homeopatas mais conhecidos que trabalham com métodos modernos aplicados à homeopatia. 

Neste seminário, Mangialavori abordará o método da complexidade e a abordagem sobre famílias homeopáticas, em especial, os mais recentes trabalhos referentes aos “Lacs”. 

O seu método da complexidade surgiu a partir do desejo de encontrar algum sentido na maciça literatura homeopática, que condensa inumerá- veis metodologias, matérias médicas e repertórios. 

Com o passar do tempo, o trabalho começou a se aprofundar e acabou levando a alguns desenvolvimentos originais, especialmente relacionados à teoria da complexidade, que se encaixa no modelo de medicina integrativa que engloba os aspectos conscientes e inconscientes do self, bem como as dimensões de etiologia físicas e somáticas. 

A teoria da complexidade é uma abordagem de sistemas. Sua força especial está em identificar relações complexas entre inúmeros elementos. 
No indivíduo, elementos- -chave incluem o cognitivo, afetivo, comportamental, físico e social. 

Na parte física, destinam-se não só os aspectos mecânicos e fisiológi-cos, mas também questões psicossomáticas que apontam para sistemas dinâmicos entre mente e corpo. 

Desta forma, a APH tem a satisfação de apresentar mais este grande homeopata contemporâneo, fechando a tríade Sankaran, Scholten e, agora, Mangialavori. 

Não perca esta singular oportunidade de conhecer o autor deste trabalho original e fascinante. Aproveite esta imersão para a ampliação de seus horizontes. Comissão Organizadora